sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Paciência















Não é falta de coragem. 
Não é joguinho.
Não é insegurança.
Não é cu doce.
Não é incerteza.
Não é indiferença.
Não é difícil.
Não é complicado.
Não é nada disso.

Confia em mim.
Parece loucura, mas confia em mim.

Quero ganhar a sua confiança aos pouquinhos.
Porque eu já tive medo que nem você.
Qualquer movimento brusco e você foge, né?

Sei que estou sendo testada.
Alguns chamariam isso de estratégia, mas é puro cuidado.
Te entendo um pouco mais agora. Você quer ter certeza.

Não quero perder você de vista, mas também não quero perder o controle. 
Não agora que a distância entre nós é tão pequena.
Toda essa cautela vai valer a pena, eu sei.

Não posso ter pressa, mas não posso perder o ritmo.
Então a gente faz assim:
Não saia daí. Eu vou até você.

Um passo atrás do outro que é pra você ver que eu não quero te fazer mal.
Minhas mãos ao alto. Peço trégua. Peço paz.
Peço que você baixe a sua guarda também.
Me entrego 
pra você ver que, 
na verdade, 
eu 
sempre 
fui 
refém.





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