quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Your smile is not helping at all

You have the sweetest smile I've ever seen.
But in a couple of weeks it won't make any difference, will it?
I don't dare to get even one step closer.
I know when things have expiration date.
I've bumped into many like these before.
What should I do?
I'm trying to keep distance, but you smile at me and I don't know how not to smile back.
And I know you use this smile of yours as an invitation.
By smiling back I'm saying: "keep calling, soon I'll be there".
But I don't want to be there.
Not if you're not staying there too.
I promised a thousand times I'll stop collecting memories.
That night I saw myself in your eyes, I was singing for another memory of mine.
But the moment you smiled at me I played the wrong chord.
And now, even though the initial plan was to sing it for my old memory, the image of your breathtaking smile is all I see whenever I sing that brokenhearted song.
And I know you're not healing me. You're not.
In a couple of weeks you're gonna be the reason why I'm singing this song again.
All I've been doing is scarring myself, each time with a bigger scar than the one I had before.
And after I realized it, I've decided it's time to stop.
But you're not helping at all...
And you're only smiling.
I don't wanna think about the damage you could cause if only I was braver.
I'm a coward.
And your smile seems to encourage me.
But this time I don't wanna be encouraged.
Your smile is not helping at all.




terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Sobre não estar pronta.

Tudo começou com a sua pergunta que só aceitava sim ou não como resposta.
Até então eu estava acostumada com o talvez.
Por isso eu fugi.

Eu me diverti até ali. Talvez eu me divertisse pra sempre. Ou até você se cansar, que nem os outros. Que nem eu mesma.
Eu só não esperava que você fosse querer saber o que eu queria de nós dois.
Ninguém nunca quis. Eu nunca quis.
Ser  confrontada assim, foi a primeira vez.
Eu não sabia o que eu queria.
Pra ser sincera, ainda não sei.
Por isso eu escrevo essa carta que você nunca vai ler.
Ela me ajuda a ganhar tempo, sem exigir tempo de você.

Eu, sem perceber, me tornei uma colecionadora de indecisões.
Mas eu não quero que você tenha que lidar com as minhas reticências.
Te prometi que te manteria longe da minha bagunça.
E eu tenho tentado pôr cada coisa em seu devido lugar, até que aqui seja ambiente pra te receber.

Mas eu sei que esse dia pode nunca chegar.
Até porque, organizar a minha vida tá mais difícil do que eu esperava.
E você não tem obrigação nenhuma de me esperar.
E você não merece nada menos do que um sim radiante ou um não honesto.
E no momento, nesse meu coração desarrumado, eu não encontro nenhum dos dois.

Não pense que a minha confusão é entre você e outros. Não é.
Disse adeus pra todos eles, assim que eu percebi que pra você eu nunca vou conseguir dizer.
Assim que eu percebi que se não for você, não vai ser mais ninguém.

Mas agora eu não sou boa nem pra mim. Quem dirá pra você.
Aqui não falta te querer, só falta saber te querer.
Então até que eu possa ir, de peito aberto, em sua direção, eu não vou.

Pode soar covarde, mas asa medrosa não voa.
E eu não quero te segurar no chão, se eu sou apaixonada mesmo é por te ver no ar.
Então voa, meu amor.
Eu tô tentando perder o medo de voar e quem sabe um dia eu consiga te alcançar.













terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Eu não desisti de você

Eu não desisti de você.
Jamais.
Dos dois lados, porém, creio eu,  havia um contrato, mesmo que não assinado por ninguém, que dizia que ninguém esperaria por ninguém.
Quando o contrato foi criado, havia essa noção de que nós dois éramos portadores de canetas, mas ninguém se viu obrigado a assinar.
Até que uma terceira pessoa surgiu com uma terceira caneta e assinou por você.
Se essa pessoa tem ou não uma procuração no seu nome pra fazer valer esse documento, eu não sei, e sinceramente, não acho que faria diferença saber.
Agora eu vejo que cedo ou tarde a gente teria que assinar ou rasgar esse contrato.
O cedo ou tarde, depende da perspectiva, chegou. O seu contrato foi assinado e o meu foi rasgado.
Você aceitou os termos, ao não dizer que não aceitou.
E eu podia continuar ignorando esse contrato pro resto da vida.
Eu podia estar aqui, até agora, não-declarando a minha não-espera por você.
Mas eu não consegui.
E, veja bem, ao rasgar o contrato eu gritava que o que eu mais queria era te esperar, mas rasgando o contrato, tudo o que me restou foi não te esperar. 
Mas não esperar não significa desistir.
Nesse nosso caso, não esperar nada mais é do que não persistir.
Eu tentei, mas não consegui não te dizer que eu não aceito essa condição de talvez te ter um dia, sabendo que talvez eu nunca te tenha.
Não aceitar significa que eu não quero aceitar, mas não significa que eu consiga. 
Eu quero desistir, mas não significa que eu consiga.
Eu não desisti de você.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Antes das 22h.

Não escrevo para não perder a inspiração. 
Escrevo na tentativa de não perder mais uma noite de sono.

Hoje eu resolvi me adiantar.
Antes das 22h, vou tentar dar um basta em todas as palavras que eu não te disse porque não cabiam ser ditas numa despedida que nunca aconteceu.
Vou dar um basta pelo menos por hoje porque eu preciso dormir.

Eu preciso dormir, mas mesmo em outro país, eu só escuto a sua voz pronunciando o meu nome errado de propósito.
Eu só sinto o seu cheiro forte, mesmo sabendo que você nunca pôs os pés nesse quarto vazio.
Eu só vejo no espelho a falta do sorriso que você tanto elogiava.
E eu choro.

Choro porque sei que faltou de mim.
Faltou dizer que foi tudo por você. 
Desde o adeus até o silêncio. 
Foi tudo por nós dois.
Mas você nunca vai saber.

Porque eu nunca te disse que o beijo que você roubou já era o centésimo que eu te dava se eu fosse contar os que eu tinha imaginado, e eu nem te disse dos outros mil beijos que eu já tinha planejado. 

Porque eu nunca te liguei mesmo quando tudo o que eu mais queria era ouvir a sua voz.

Porque nem o cheiro do perfume desagradável daquele cara que eu beijei só pra tirar você de mim toma lugar do cheiro da sua pele que mora na minha.

Porque eu sempre desacreditei quando você elogiou o meu sorriso.

Agora eu tenho que conviver com o fantasma do seu beijo, do seu cheiro, da sua voz, do meu sorriso.

Já são quase 22h e as palavras ainda não bastaram.

Porque eu sei que nem que elas te alcancem vão bastar pra você.