sábado, 21 de fevereiro de 2015

Hipoteticamente falando.

Durante muito tempo eu fiquei me perguntando se a culpa da gente não ter dado certo não foi minha.
Por causa disso, apesar do medo de parecer idiota ser monstruoso, mesmo que tropeçando e gaguejando, fui atrás de você. Não sei se você percebeu, mas eu fui.


Sempre pensando: “e se ele achar que eu não gosto dele o suficiente para merece-lo?”, “vai que ele encontra uma menina que goste dele e saiba expressar o que sente melhor do que eu?”, “e se ele é o amor da minha vida e eu tô deixando ele escapar por pura incompetência?”


Essas hipóteses me guiaram até aqui. E eu resolvi calçar você com os meus sapatos pra ver se a gente chega no mesmo lugar:


E se você não viu que eu gosto esse tantão de você, simplesmente, porque preferiu não ver?


Se você encontrasse outra garota e realmente quisesse estar com ela, o fato dela não deixar óbvio que quer estar contigo também, te impediria de mostrar o que você quer?


E se, assim como eu, você tivesse medo de me ver amando outro alguém?
Você já não teria vindo atrás de mim, mesmo que tropeçando e gaguejando, da mesma forma que eu, idiotamente, fui atrás de você? E se você veio e eu não percebi?


E se, no final das contas, eu sou o amor da sua vida e você tá me deixando escapar por pura incompetência?


Se a resposta pra essas perguntas for sim, eu posso até ter culpa, mas você também tem, porque foi tão covarde quanto eu.


Se for não, eu não posso me sentir culpada porque na vida as vezes acontece da gente gostar de alguém e esse alguém não corresponder. Eu não sou culpada de amar sem ser amada. Você não tem culpa de eu te amar e você não me amar.


Então, é assim:
Ou nós dois somos culpados, ou nós dois estamos absolvidos da culpa.


Dividir a culpa ou a não-culpa de nós dois é uma incógnita.
Se esse pensamento inteiro surgiu porque pra mim, amor é complicado que nem matemática, nessa equação eu sou igual à você e tanto você quanto eu somos zeros.
E zero mais zero sempre será zero.


E se esse amor fosse bom pra mim, eu não estaria fazendo metáforas com tribunais e matemáticas.


Zero mais zero sempre será zero.

Julgamento encerrado.

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