sábado, 4 de abril de 2015

Te desencontrando


Essa é a última vez que eu desejo que o último beijo tivesse sido mais longo.
Não vou mais me arrepender de não ter te abraçado mais forte.
Vou parar de imaginar como seria se essa cidade fosse menor, pra gente se esbarrar por aí de vez em quando.

Até porque, o meu beijo dizia até logo.
O meu abraço frouxo mal servia pra te abraçar, quem dirá te prender.
E o Rio de Janeiro não vai deixar de ser uma cidade grande só porque alguém como eu, que só pensa em você, quer.

Eu devia ter te pedido pra ficar enquanto você ainda estava aqui.

Ouvir a nossa música não vai te trazer de volta.
Comecei a perceber isso depois que a viagem de quase 4 horas pra minha pequena cidade escutando a mesma canção idiota chegou ao fim e a sua ausência não só permaneceu como se fez ainda mais presente.

Mas não vou me esforçar pra te esquecer.
Essa é mais uma coisa que eu tentei fazer e falhei miseravelmente.

Tenho é que aprender a conviver com a falta insana que você faz, sem me torturar com pensamentos no pretérito imperfeito do subjuntivo.
E sem tentar te apagar da minha vida como se eu realmente quisesse.

A verdade é que eu preciso seguir em frente da mesma forma que você.
Só preciso parar de desejar que você esteja na contramão, vindo em minha direção.
E me acostumar com a ideia de que não haverá mais uma colisão.

Encontros são comuns.
Reencontros sãos raros.
E eu pareço te desencontrar em cada bairro dessa cidade,

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