segunda-feira, 16 de março de 2015

Ra(paz)


Eu queria falar sobre você, te agradecer direito, mas eu não sei quase nada sobre você...
Como eu começo?

Falo que a gente se conheceu do nada e a única coisa que sabemos um do outro é que não temos nada a perder?
Menciono o seu sorriso simpático, o seu corpo bonito e o seu aparente desapego?
Digo que não me esforço nem um pouco pra te entreter, que você se esforça menos ainda pra me convencer de que eu deva te querer, e que isso parece funcionar estranhamente bem?

Você não significa nem metade do que aquele magrelo desajeitado significava pra mim, mas no final das contas, é você quem está aqui agora, não é?

Eu acho que o que me atrai é a pessoa despretensiosa que você ajudou a descobrir que eu posso ser..

Nunca te procuro, nem você me procura, mas de vez em quando acontece da gente se esbarrar, e a gente até que se dá bem.

Ele bagunçou a minha vida, e demorou pra eu conseguir pôr cada coisa em seu devido lugar.
Depois que eu me reconstruí, tive medo de convidar qualquer um pro meu lar.
Mas você é uma visita nada inconveniente. É sempre bom te receber.

A melhor parte é que quando chega a noite e você vai embora, eu consigo colocar a cabeça no travesseiro e dormir.

Você me fez entender que, ás vezes, não é amor que faz falta, é paz.

Você devolveu o meu sono.

Obrigada.

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