sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Não sei

Não sei se são esses seus olhos lindos e enormes que quando me olham, me prendem. E toda vez que a gente se olha nos olhos, te faz perguntar por que eu tô rindo, ou se eu tô rindo de você.
E na verdade eu tô rindo é de mim, que comecei rindo para mim.
Pro meu próprio reflexo, aquele que sorri de dentro dos seus olhos.

Não sei se é a sua respiração que me faz perder a minha quando bate na nuca, me arrepiando.
Essa sua respiração que me faz lembrar que eu tenho a sorte de respirar no mesmo espaço e tempo que você.
De vez em quando eu ainda desacredito que nós dois estamos existindo aqui e agora.
E a sua respiração me faz acreditar. E me faz acreditar em tanta coisa...
A sua respiração é brisa que sopra de noitinha e me diz que eu não tô sozinha no quarto. É sopro que me beija de manhã e me desperta pra ver a vida do seu lado.

Não sei se é o seu abraço que me faz sentir tudo.
Cada pedacinho teu.
É como se o tudo que você me faz sentir me abraçasse também, agora de dentro para fora.
E o vendaval que acontece dentro de mim só não me derruba porque eu tô ali, em seus braços.
A sua presença me desconserta e ao mesmo tempo me repara, me ampara, me desperta, me acalma.

E eu percebo que te amo quando recriamos a cena de a dama e o vagabundo, só que com miojo, feito dentro de um tupperware, e pra mim é a coisa mais romântica desse mundo.
Ou quando o calor é de 40 graus e eu não tenho um ventilador no quarto, e ainda assim eu te abraço, te beijo, te mordo, porque eu quero mais do seu calor.

Não sei dizer se isso é amor.
Aliás, eu não sei o que é o amor.
E desconfio que o amor é exatamente tudo o que eu não sei.
E eu amo saber que são muitas as coisas que eu nem sei que não sei sobre você.
Amor, eu tô amando te aprender.
Amor, eu amo você.

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