segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Sobre caminhos e pessoas



Até ontem eu tava louca!
Queria responder aquela mensagem de três dias atrás dizendo que eu menti, que eu não tô legal.
Mas não tive tempo pra isso.
Tantas coisas acontecendo, e tantas outras que eu tenho feito acontecer.

Lógico que de vez em quando eu parei e pensei em você.
Juro que eu pensei que a melancolia ia tomar conta, e ela até que tentou.
Bateu na porta e eu até cogitei abrir pra gente tomar um café, um chá, um vinho, quem sabe.
Mas o sol nem pediu licença, invadiu pela janela, iluminou, aqueceu e não me deixou só em momento nenhum, a melancolia pegou carona e adentrou o lar, mas se escondeu nas sombras, que obviamente, toda luz projeta em ambientes não-vazios. Manteve-se ali, escondida, observando o brilho do sol e entendeu que estava ali somente para equilibrar.

Não, eu não estou a jogar o jogo do contente.
Admiro a Pollyanna, mas depois de uns tombos feios e outros nem tanto, aprendi que algumas dores a gente deve tentar aliviar, e outras a gente deve sentir, mas nunca inventar dor onde não há.

Não dói.
Eu ainda tô no ar, ainda não caí, e se bobear nem vou.
E se eu entender o mecanismo da queda à tempo? E se eu parar com os dois pés no chão e sem nenhum arranhão?

Eu acho que relacionamentos dolorosos e sofridos são superestimados.
Eu acho que relacionamentos deveriam focar pura e simplesmente no relacionar.

A gente tá andando, não necessariamente na mesma direção, não necessariamente em direções opostas, não necessariamente um de encontro ao ou outro estamos apenas andando.
De vez em quando a gente se esbarra por aí, da mesma forma que esbarra em tantas outras pessoas diariamente.

E você é uma pessoa!
Não é só mais uma pessoa, jamais será.
Mas você não é caminho. Você é uma pessoa.
Se fosse caminho, eu logicamente ficaria perdida se você sumisse do meu campo de visão.

Mas você é pessoa!
Daquelas que eu quero dar um abraço apertado quando vejo, daquelas que eu me lembro enquanto caminho e que às vezes caminham do meu lado, daquelas que mesmo sem que eu veja eu sei que não vão sumir nunca, daquelas que me fazem saudosa quando não estão aqui, daquelas que durante o caminho todo eu torço para encontrar e reencontrar.

Um caminho é necessário.
Sem um caminho ninguém é nada.
Pessoas não são necessárias.
Pessoas não estão na nossa vida por necessidade.
Estão porque a gente quer que elas estejam.
Estão porque querem estar.

Você não é caminho.
Você é pessoa.


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